Foto: Divulgação / SES
O Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) inicia a realização do Teste de Detecção de Ácido Nucleico (NAT) a partir desta quinta-feira, 1º de agosto, em todas as amostras de doadores de sangue, de órgãos e tecidos, dos serviços públicos e privados contratados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do Sul do país. Desde sua implantação em 2010, o Hemosc tem realizado esses testes para Santa Catarina e Rio Grande do Sul e, agora, passa a realizar também para o estado do Paraná. O exame é fundamental para detecção de doenças como o HIV, as hepatites B e C e a malária.
O Hemosc foi escolhido pela Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) do Ministério da Saúde (MS) para ser a pioneira na implantação do teste no país. O NAT reduz significativamente a janela imunológica — período em que um organismo, após ser infectado, leva para produzir anticorpos detectáveis em exames de sangue —, aumentando assim a segurança transfusional.
O presidente da Fahece, Alvin Laemmel, destaca que a responsabilidade assumida pelo Hemosc reflete a qualidade do serviço prestado pela hemorrede catarinense. “Somos o único hemocentro com tripla certificação de qualidade. Além da ONA e ISO 9001:2015, temos também a ABHH/AABB, fruto do trabalho sério e do compromisso com processos dentro da unidade”, afirma.
De acordo com a diretora-geral do Hemosc, Patrícia Carsten, a Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados fornece todos os equipamentos e reagentes necessários para a realização dos testes, além de cuidar da logística de transporte de amostras. Todos os exames realizados são registrados e ressarcidos pelo SUS. “Assumir toda a região Sul do país é extremamente gratificante, é um reconhecimento que evidencia a excelência da qualidade dos serviços prestados pelo Hemosc, além de ser estratégico para a segurança transfusional”, afirma Carsten.
O teste NAT é realizado pelo Laboratório de Sorologia/NAT, centralizado na unidade de Florianópolis, responsável por exames laboratoriais que detectam agentes infecciosos, que podem ser transmitidos pelo sangue, órgãos e tecidos.
“Atualmente, são testadas em média 1.300 amostras por dia da nossa hemorrede e do Rio Grande do Sul. A previsão é que tenhamos um aumento de 700 amostras do Paraná, totalizando 2 mil amostras por dia de segunda a sábado. Para recebê-las com a responsabilidade necessária realizamos adequações de recursos humanos e de área física”, afirma Sérgio Melim Sgrott, coordenador Laboratorial.
O Hemosc é um órgão público da Secretaria de Estado da Saúde (SES), administrado pela Fundação de Apoio ao Hemosc/Cepon (Fahece), responsável por 98% da coleta e distribuição de sangue em Santa Catarina.
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