Renan dos Santos, de 23 anos, foi formalmente indiciado pela Polícia Civil de Goiás após cometer dois assassinatos brutais utilizando uma espada como arma. As vítimas foram sua esposa, Luana Meirelles, de 28 anos, e sua ex-namorada, Ana Júlia Ribeiro, de 22 anos, em um crime que chocou a população do município de Edéia, no sul de Goiás. Segundo informações da defesa, Renan deverá responder por dois feminicídios triplamente qualificados e consumados, o que agrava sua situação judicial devido à crueldade e premeditação dos atos.
Os eventos aconteceram no dia 19 de setembro de 2023. Conforme revelado pela investigação policial, os crimes foram motivados por ciúmes e uma discussão entre Renan e sua esposa, Luana, que culminou em uma sequência de violência fatal. No início da tarde daquele dia, o jovem teria atacado Luana em sua própria casa, onde ambos viviam. A discussão, segundo testemunhas, teria começado por causa de Ana Júlia, a ex-namorada de Renan. Tomado pela raiva, ele utilizou uma espada para matar a esposa.
Após o assassinato de Luana, Renan seguiu de bicicleta até o local de trabalho de Ana Júlia, que ficava a aproximadamente 1 km de distância de sua casa, no centro de Edéia. No estabelecimento comercial, ele entrou e atacou Ana Júlia com diversos golpes de espada. Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança, que capturaram o momento exato em que Renan invade o local e atinge a jovem de forma repetida e violenta, por volta das 14h15. Ana Júlia foi socorrida e encaminhada para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, em estado grave. Apesar dos esforços médicos, ela não resistiu aos ferimentos e faleceu dois dias depois, em 21 de setembro.
A captura de Renan ocorreu logo após o segundo crime. Policiais militares o encontraram enquanto ele tentava fugir pela rua, ainda com a espada em mãos. Durante o interrogatório, ele confessou a autoria dos dois assassinatos, demonstrando frieza ao relatar os motivos que o levaram a cometer os crimes. Após sua prisão, a Justiça manteve sua detenção em uma audiência de custódia realizada no dia 20 de setembro.
Paulo Sérgio, o advogado responsável pela defesa de Renan dos Santos, afirmou em nota que está acompanhando o desenrolar do inquérito policial e que seu objetivo é garantir que o cliente responda ao processo "de acordo com o que a lei determina". Embora tenha reconhecido a gravidade dos fatos, o advogado não forneceu detalhes sobre possíveis estratégias de defesa, como alegações de desequilíbrio emocional ou psicológico por parte de Renan.
A acusação que recai sobre Renan é extremamente grave, envolvendo dois feminicídios com qualificadoras que agravam as penas: motivo fútil, emprego de meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. Essas qualificadoras podem resultar em uma condenação severa, com penas que podem chegar à prisão perpétua, caso o tribunal assim decida.
O caso provocou grande comoção em Edéia e em todo o estado de Goiás, sendo amplamente discutido nas redes sociais e em veículos de comunicação. Muitos se manifestaram em repúdio ao ato brutal, pedindo justiça para as vítimas e penas rígidas para o acusado. Além disso, a violência extrema do crime, com o uso de uma espada, chamou ainda mais a atenção do público, que ainda tenta entender as motivações por trás do duplo assassinato.
O Ministério Público deve acompanhar de perto o andamento do processo, garantindo que as provas recolhidas, como as imagens das câmeras de segurança e o depoimento do próprio acusado, sejam devidamente analisadas. Enquanto isso, Renan dos Santos permanece preso, aguardando o julgamento que deve definir seu destino nos próximos meses.
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