Custo de vida
Fui comprar um doce que eu costumava comprar no mercado aqui perto de casa. Quando me mudei pra cá, em 2013, custava R$ 5,20. Hoje, está custando R$ 13; quase o triplo! E meu salário não tá nem perto de ter triplicado nos últimos nove anos. Bota longe nisso! Dizem que o governo do Moluscão vai bater nesta tecla: vai financiar o consumo, melhorando o poder aquisitivo da população, injetando dinheiro e fazendo girar a economia.
Como vai fazer isso, que mágica fabulosa é esta, ainda mais diante de um cenário recessivo que se avizinha no mundo inteiro? Eu venho dizendo que esta é a saída, de fato: melhorar o poder aquisitivo estimula o consumo, aumentam as produções, aumentam os empregos, todos recebem e todos gastam! Mas na teoria, a prática parece impraticável – como eu amo as aliterações!
Acho que o tal do Haddad, futuro ministro da Fazenda, é o verdadeiro Mister M, porque só fazendo mágica mesmo! Bem-vindo (ou não), príncipe dos sortilégios!
Aos criticáveis, as críticas
Eu queria evitar comentar sobre Copa do Mundo, cabeça inchada com a vitória da nossa eterna rival Argentina, mas minha personalidade esportiva, o Jô Gadot, está dominante neste momento e fui refém da minha própria condição de portador de múltiplas personalidades. Ou seja, falarei da Copa.
Primeiro, pra criticar a geração Nutella, que não soube dar bicanca na hora de dar bicanca. Ainda assim, o Brasil só foi eliminado por causa de um único lance, em que tínhamos dois homens marcando o homem da assistência, mas muito cansados pra fazer mais do que cercar; e dois homens marcando o finalizador, mas não perto o bastante pra impedir o chute. Centímetros, foi isso que nos tirou do Mundial.
Já a Argentina é especialista em bicanca! Sabem como ninguém marcar, catimbar e bater, ainda mais nesta Copa com orientação para que os árbitros evitassem expulsões, tarefa facilitada! Preciso dizer que é lindo ver o Messi erguendo a taça de campeão do mundo, um jogador como ele não poderia passar em branco na história; mas ver Molina, Romero, Otamendi, Acuña e Paredes campeões do mundo é dose pra mamute! Ainda bem que mães não entram em campo, ou eles bateriam nelas!
A França foi o time mais equilibrado deste Mundial, até a final. Griezmann vinha fazendo o que Tite queria de Neymar – desculpa, mas não vai rolar, jamais, professor – e a Argentina sabia disso, anulando o cérebro do time.
Qual o jogador que mais me impressionou nesta Copa? O poder de decisão de Messi e Mbappé impressionam, mas isso a gente já sabia. Agora, eu nunca tinha visto o tal de Amrabat jogar. O marroquino foi o jogador que mais me impressionou nesta Copa. Pra mim, foi muito mais jogador do que o tal Enzo, eleito a “revelação” do Mundial. Pra mim, um jogador bem mais ou menos!
E quem eu escolho pra técnico da Seleção? Ancelotti, Guardiola, Abel, Klopp, Tuchel? Voto no Amaro Junior, não perdia aquele jogo pra Croácia de jeito nenhum.
Aos elogiáveis, os elogios
Nós, que somos macacos velhos, sempre temos um pé atrás na hora de elogiar uma figura pública, por toda a pecha que a classe política incorporou nos últimos anos – e totalmente justificada, pelos próprios erros históricos. Mas eu só ouvi elogios à postura, à atitude, à liderança e ao trabalho do prefeito Eduardo Freccia durante a enchente que castigou Palhoça no final de novembro e início de dezembro. Muitos elogios, de diferentes setores, tanto dentro quanto fora da Prefeitura. Onde há tanta fumaça, fogo deve haver! Então, parabéns ao prefeito!
Por que “ou não”?
Você está se perguntando por que eu fiz questão de incluir um “ou não” após as boas-vindas ao nosso querido ministro? Porque não é, nem de longe, a escolha mais sensata! É uma escolha política. Aliás, até aqui, o governo do Moluscão nem começou e só vimos asneira! Alguém me disse: “Viu só? Com Bolsonaro não existia isso”. Claro que existia, a diferença é que os “parças” não são os mesmos: Jair colocou no governo os seus, militares e evangélicos; o Moluscão está colocando os dele, a mesma corja de sanguessugas que enfraqueceu os já suficientemente desgastados alicerces da ética política brasileira nos oito anos anteriores ao governo Jair.
Moluscão comete os mesmos erros de Jair neste momento. Jair, em nenhum momento, foi gestor; passou quatro anos como candidato à reeleição, fazendo política. Por isso caiu. Moluscão vai cair também se não entender que o país precisa de gestão, uma gestão homogênea, e não a gestão do cercadinho, dirigida a uma agenda partidária. É o comandante de toda uma nação, e não dos eleitores que o endeusam.
Nunca é só o fim
Finalmente, depois de muito muito tempo, fui a uma festa e ninguém falou de “política”. Nenhum chato ficou azucrinando, querendo empurrar goela abaixo a insensatez do Jair ou a falsa moralidade do Moluscão. Ninguém falou do “Xandão” nem do “Centrão”. Será o fim da chatice? Ou é só uma trégua?
Que Marcelo Nova me perdoe, mas nunca é só o fim! Logo, logo voltaremos aos novos capítulos da mais idiota das novelas eleitorais: Os Reis do Gado. De um lado, o gado do Mezengão, os descolados de plantão defendendo as minorias com as armas erradas; do outro, os Berdinazis, muito mais “nazis” do que a história deveria permitir. Aliás, um dos piores legados do messianismo “bolsonazista” é empoderar e dar respaldo à voz dos Hitlers contemporâneos. Um precedente perigoso de cegueira histórica.
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